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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Falta de atitudes...

Muito tenho lido em mídia impressa, artigos exaltando virtudes humanas e sempre condenando o apego aos bens materiais. Discursos bonitos - que levam à reflexão e que são usados até mesmo para justificar certos erros e fracassos - porém, muito longe da realidade.Já virou clichê no Brasil e até mesmo na maior parte do mundo que todo o fracasso é culpa do capitalismo, da elite, do imperialismo, e por ai vai. Há alhos e bugalhos.Primeiramente, a ampla maioria das pessoas é individualista antes de ser coletivista; segundo, os culpados por fracassos pessoais normalmente somos nós mesmos e não outrem; terceiro, não há pobre ou rico isento de virtudes e defeitos, o percentual de criminosos não é muito diferente entre a classe mais abastada e os menos favorecidos; quarto, as políticas de outros países nem sempre refletem a exatidão das críticas propostas e nem são de todo ruins, apenas procuram preservar primeiramente seus interesses antes de abrir a guarda aos demais - coisa, aliás, que é pratica corriqueira da maioria dos governos; quinto e último, achar um culpado para as próprias mazelas é comumente usado por incompetentes, pois é muito mais fácil atribuir um problema à outra pessoa do que solucioná-lo e assumir responsabilidades.Tirar juízo por amostras pequenas ou posições equivocadas de alguns é totalmente errado, já que nos induz ao pensamento medíocre. Nesse culto ao fracassado, ao coitado, temos palavras bonitas e destoantes do que é real.Será que não está mais do que na hora de pregarmos que a Educação é a única forma de subirmos na vida? Nossos intelectuais - os que são taxados por esta alcunha - são, em sua maioria, exemplos de pessoas que vivem de pregar utopias e que estão longe da realidade do competitivo mercado de trabalho.Em vez de pregarmos a abolição aos bens de consumo, por que não ensinamos o caminho a ser seguido para conquistarmos nossas aspirações? O mais curioso é que a maioria dos críticos da sociedade consumista também luta por uma moradia de qualidade em um bairro nobre; lutam por comprar um carro bom, uma roupa de grife e se esbaldam usufruindo do melhor que o capitalismo de mercado lhes fornece.Nossa própria legislação é uma aberração; assim como é cultuado pelas massas, os próprios despachos de ações trabalhistas mostram verdadeiras excrescências. Criou-se uma imagem de que todo empresário é ruim, que sempre explora o trabalhador. Há muita falsidade no perfil alardeado, a maioria dos empregadores não é um monstro sugador, assim como parte dos funcionários não é exemplo de trabalhador.Não vim fazer apologia a um sistema econômico, nem defender uma concorrência desenfreada ou mesmo justificar erros cometidos. Escrevo o texto simplesmente porque acredito que está faltando uma dose de realidade, os pés devem permanecer no chão e os passos dados do tamanho que as pernas comportam.A vida é uma batalha constante, o mundo é conquistado pelos mais fortes e mais competentes, não existe e nunca vai existir sociedade sem divisão de classes sociais; o que existe, sim, são sociedades mais justas e dignas, que só são alcançadas com pessoas qualificadas e preparadas, onde se luta por um trabalho melhor e não uma bolsa assistencial.Preguem a realidade, lutem por empregos e salários dignos - conquistados com o próprio suor - enxerguem os próprios defeitos e busquem corrigi-los. Jamais esperem que as coisas caiam dos céus, corram atrás de seus objetivos, você - como indivíduo - e toda a sociedade só têm a ganhar.Ser bem sucedido não é crime, pelo contrário, deveria ser a aspiração e objetivo de todos.

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