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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Arte...

“Arte pela arte”, dizem por aí. Pode ser que não – não sou artista. Mas posso dizer a você: a vida é só para ser vivida. Cada momento vale por si mesmo. Sacrificá-lo em nome de outra coisa é falta de inteligência. E depois que o hábito de sacrificar se instala, você passa a sacrificar este momento pelo seguinte, o seguinte pelo que vem depois e assim por diante – este ano pelo seguinte, esta vida pela seguinte! Trata-se de um processo simples e lógico: depois que você deu primeiro passo, inicia toda a jornada – a jornada que o leva a um deserto estéril, jornada que é autodestrutiva e suicida. Viva o momento elo alegre prazer de vivê-lo. Viva sem o sentimento de dever, sem imposições, sem obrigações, sem mandamentos. Você não está aqui para ser um mártir: está aqui para aproveitar a vida ao máximo.
E a única maneira de viver, amar e ter prazer é esquecer o futuro. Ele não existe. Se você conseguir esquecer o futuro, se puder ver que ele não existe, não há por que se preparar constantemente para ele. No momento em que o futuro é deixado de lado, o passado passa a ser irrelevante por si só. Nós carregamos o passado de modo a poder usá-lo no futuro. Do contrário, por que carregaríamos o passado?
É desnecessário. Se não existe futuro, para que carregar o conhecimento que o passado lhe proporcionou? Trata-se de um fardo que acabará com o prazer da jornada.
E deixe-me lembrá-lo de que se trata de uma pura jornada. A vida é um peregrinação para lugar nenhum – de nenhum lugar para lugar nenhum. E entre esses dois pontos está o aqui e agora. O lugar nenhum consiste em duas palavras: aqui e agora.

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