Páginas

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um sonho dentro de um sonho...

Receba este beijo em sua fronte
Pois com ele me despeço rumo ao horizonte
Deste modo, deixe que lhe conte:
Você não está errada ao considerar
Que meus dias têm sido um eterno sonhar
Contudo, se a Esperança desaparecia
À noite, ou enquanto era dia
Em uma visão, ou em nenhum
Não resta Esperança, nem sentimento algum
Tudo aquilo que nós vemos ou parecemos
Não passa de um sonho dentro de um sonho que perdemos

Eu fico imóvel em meio a rugidos
De um mar atormentado em seus bramidos
E seguro entre minhas mãos
Dourados e arenosos grãos
Quão pouco! Entretanto estão partindo
Por entre meus dedos vão sumindo
Enquanto a dor vai me consumindo
Ó, Deus! Não posso dar-lhes abrigo
Em minhas mãos, mantê-los comigo?
Ó, Deus! Não posso sequer um resgatar
Desta impiedosa fúria do mar?
Será tudo que vemos ou parecemos
Um sonho dentro de um sonho que perdemos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário